Esta sugestão da musica foi do amigo Luiz Vicente Miranda, carioca da gema, paulista de coração....a escolhemos como o Hino do Blog do Camaro....lá pelo minuto 1,30 tem um breque rapidissímo da banda...coisa de profissional.
Chicão, Obrigado pelas palavras. Qualquer dia desses poste alguns videos do Mestre Adoniran cantando com Elis Regina "Iracema" e "Tiro ao Álvaro", por exemplo.
Quando Adoniran gravou esta canção, ainda nos anos 50, nada aconteceu. A interpretação sofrida e um tanto mais poética do seu compositor não agradou a quase ninguém. Também pudera, um técnico da rádio Difusora havia dito a ele que sua voz era boa para acompanhar... Enterro.
Nunca dei bola para isto. Adoro a voz de Adoniran Barbosa, suas letras, sua história no rádio, no cinema e na TV.
Um dia, nos anos sessenta, prestes a entrar no ar em um programa de auditório os rapazes do Demônios da Garôa relaxavam no camarim brincando com uma versão pessoal de Saudosa Maloca, de Adoniran. Nesta versão explicitamente mais gaiata os rapazes foram adicionando das suas "demônices" como o "paiscaligundum", o "cais cais cais" e o jeito "paulistanês" de dizer algumas sentenças ("-Peguemos tudas nossas coisa..."). Eles tocavam e riam enquanto entornavam umas branquinhas - "só pra esquantá", diziam eles - quando o produtor do programa passou e ouviu. Na mesma hora chamou Arnaldo, o chefe da troupe e disse: "-Legal, ensaia mais um pouco que é esta ai que vai pro ar!". Na hora os Demônios reclamaram, disseram que não, que só estavam brincando com a composição de uma velho amigo. Mas não teve jeito, eles tiveram que levar a versão no palco do programa da forma como estavam fazendo no camarim. O resto é história. Até hoje quem ouve esta maravilha ainda se emociona. "-Só num se emociona se num tivé coração..." dizia Adoniran.
Beleza de escolha pra hino Chicão... Proponho que você escolha mais uns dois ou três comentaristas aqui do blog e juntos a gente forme um grupo musical... O nome? Que tal: Demônios da Garrafa?
Essa música sempre foi coisa de carioca, não foi à tôa que foi lembrada pelo Vivi. Paulistano gosta é do Samba do Arnesto, Iracema e outras do João Rubinato. Completamente inadequada para um blog de maloqueiro de São Bernardo. Daqui a pouco o maloqueiro começa a puxar os "esses" de tanto andar com o Vivi.
Vivi, eu conheci o João Rubinato, ele filava bóia na casa de minha avó na Rua Treze de Maio no bixiga, quase em frente à padaria Basilicata do "seu" Domingos Laurenti, primo de minha avó por adão e eva. Ele ia de vez em quando com o Pagano sobrinho e mais um antigo cantor de tango que virou humorista de muito sucesso na Globo, mas que não lembro o nome, era o que tinha um bordão meio gay "isso me irrita". Até uns dias atrás eu tinha um documentário do Adoniran com a Elis e outros, mas troquei de computador e perdi. É hilário. Eles eram uns mortos de fome e filavam bóia no bexiga inteiro, o Pagano Sobrinho não perdia batizado, enterro, crisma e aniversário nenhum, ia em todos. Era uma bichona assumida, mas era respeitado pela lingua afiada. Aliás, os velhos daquela época era muito mais tolerantes, nem ligavam para essas coisas. simplesmente não era assunto a viadagem e tampouco as putanas da família. O negócio era ganhar a vida e comer bem, o resto não importava.
Zuzu, O único cantor (e dançarino) de tango que conheço que veio para o Brasil e fez sucesso, tendo depois virado ator na Rede Globo, foi o falecido Juan Daniel, argentino de nascimento, pai do Diretor de TV Daniel Filho.
Esse era bem mais moço e a maioria nem sabia que ele tinha sido cantor de tango. Ele fazia um personagem gay nesses programas tipo escolinha e tinha o bordão: isso me irriiiiiiiiita. Ele, o João Rubinato e o Pagano Sobrinho eram da mesma turma do bixiga. O Juan Daniel era muito mais velho, nem chegou a trabalhar muito na TV.
16 comentários:
Isso é bom de mais da conta! Eles são os maiores intérpretes de Adoniran, com certeza.
Chique hein, o blog tem até hino....
Chicão,
Obrigado pelas palavras. Qualquer dia desses poste alguns videos do Mestre Adoniran cantando com Elis Regina "Iracema" e "Tiro ao Álvaro", por exemplo.
Quando Adoniran gravou esta canção, ainda nos anos 50, nada aconteceu. A interpretação sofrida e um tanto mais poética do seu compositor não agradou a quase ninguém. Também pudera, um técnico da rádio Difusora havia dito a ele que sua voz era boa para acompanhar... Enterro.
Nunca dei bola para isto. Adoro a voz de Adoniran Barbosa, suas letras, sua história no rádio, no cinema e na TV.
Um dia, nos anos sessenta, prestes a entrar no ar em um programa de auditório os rapazes do Demônios da Garôa relaxavam no camarim brincando com uma versão pessoal de Saudosa Maloca, de Adoniran.
Nesta versão explicitamente mais gaiata os rapazes foram adicionando das suas "demônices" como o "paiscaligundum", o "cais cais cais" e o jeito "paulistanês" de dizer algumas sentenças ("-Peguemos tudas nossas coisa...").
Eles tocavam e riam enquanto entornavam umas branquinhas - "só pra esquantá", diziam eles - quando o produtor do programa passou e ouviu.
Na mesma hora chamou Arnaldo, o chefe da troupe e disse: "-Legal, ensaia mais um pouco que é esta ai que vai pro ar!".
Na hora os Demônios reclamaram, disseram que não, que só estavam brincando com a composição de uma velho amigo. Mas não teve jeito, eles tiveram que levar a versão no palco do programa da forma como estavam fazendo no camarim.
O resto é história. Até hoje quem ouve esta maravilha ainda se emociona.
"-Só num se emociona se num tivé coração..." dizia Adoniran.
Beleza de escolha pra hino Chicão... Proponho que você escolha mais uns dois ou três comentaristas aqui do blog e juntos a gente forme um grupo musical... O nome? Que tal: Demônios da Garrafa?
Groo,
Sensacional essa história que você contou.
Para mim o Samba do Arnesto é a mais pura expressão do "paulistanês" em letra de samba.
Boa história Groo, num levo jeito prá cantar samba....a voz é pior que a do Adoniran...
Esquenta não Chicão, solta a voz. Tom Jobim também não tinha voz, cantava mal, mas ninguém tinha coragem de comentar.
Hehehehe, maloqueiro chic é outra coisa...
Muito bom! Quem não gosta ou é ruim da cabeça ou doente do pé!
Essa música sempre foi coisa de carioca, não foi à tôa que foi lembrada pelo Vivi.
Paulistano gosta é do Samba do Arnesto, Iracema e outras do João Rubinato.
Completamente inadequada para um blog de maloqueiro de São Bernardo. Daqui a pouco o maloqueiro começa a puxar os "esses" de tanto andar com o Vivi.
Mas esse blog é chique "dimais sô"...também quero um hino pro meu...rs. Beijos
Zuzu,
Antes de você sair "pela aí" deitando falação, "oiça" minhas mensagens anteriores.
1)Qualquer dia desses poste alguns videos do Mestre Adoniran cantando com Elis Regina "Iracema" e "Tiro ao Álvaro", por exemplo.
2)Para mim o Samba do Arnesto é a mais pura expressão do "paulistanês" em letra de samba.
Vivi, eu conheci o João Rubinato, ele filava bóia na casa de minha avó na Rua Treze de Maio no bixiga, quase em frente à padaria Basilicata do "seu" Domingos Laurenti, primo de minha avó por adão e eva. Ele ia de vez em quando com o Pagano sobrinho e mais um antigo cantor de tango que virou humorista de muito sucesso na Globo, mas que não lembro o nome, era o que tinha um bordão meio gay "isso me irrita".
Até uns dias atrás eu tinha um documentário do Adoniran com a Elis e outros, mas troquei de computador e perdi. É hilário.
Eles eram uns mortos de fome e filavam bóia no bexiga inteiro, o Pagano Sobrinho não perdia batizado, enterro, crisma e aniversário nenhum, ia em todos. Era uma bichona assumida, mas era respeitado pela lingua afiada. Aliás, os velhos daquela época era muito mais tolerantes, nem ligavam para essas coisas. simplesmente não era assunto a viadagem e tampouco as putanas da família. O negócio era ganhar a vida e comer bem, o resto não importava.
Zuzu,
O único cantor (e dançarino) de tango que conheço que veio para o Brasil e fez sucesso, tendo depois virado ator na Rede Globo, foi o falecido Juan Daniel, argentino de nascimento, pai do Diretor de TV Daniel Filho.
Esse era bem mais moço e a maioria nem sabia que ele tinha sido cantor de tango. Ele fazia um personagem gay nesses programas tipo escolinha e tinha o bordão: isso me irriiiiiiiiita.
Ele, o João Rubinato e o Pagano Sobrinho eram da mesma turma do bixiga.
O Juan Daniel era muito mais velho, nem chegou a trabalhar muito na TV.
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